O Centro de Tecnologia de Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está em fase avançada no desenvolvimento de uma vacina nacional contra a mpox, doença que ganhou atenção global nos últimos dois anos. Conforme informações divulgadas pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), essa iniciativa é uma das prioridades da Rede Vírus, um comitê especializado em virologia focado na criação de diagnósticos, tratamentos e vacinas para vírus emergentes no Brasil.
Desde 2022, a UFMG trabalha com material doado pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, conhecido como semente do vírus, que serve como base para o desenvolvimento do insumo farmacêutico ativo (IFA) necessário para a produção da vacina. Atualmente, a pesquisa está concentrada em aumentar a produção para atender à demanda em larga escala, segundo informações do MCTI.
A vacina em desenvolvimento utiliza um vírus semelhante ao da mpox, que foi atenuado até perder a capacidade de se multiplicar em mamíferos, incluindo seres humanos, tornando-se assim segura para uso. A criação de um imunizante nacional é vista como crucial para fortalecer a resposta do Brasil a emergências de saúde pública.
Em paralelo, o Brasil já adotou o uso provisório da vacina Jynneos, produzida pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, e negocia a compra de mais doses junto à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em resposta à recente declaração de emergência global pela Organização Mundial da Saúde (OMS).