O governo federal decidiu que o horário de verão não será implementado em 2024, conforme anunciou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, nesta quarta-feira (16). A decisão foi baseada em dados apresentados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que indicam uma melhora nas condições das hidrelétricas após as chuvas que atingiram diversas regiões do país nas últimas semanas.
Embora o país enfrente uma crise hídrica em algumas áreas, o ministro afirmou que as condições de segurança energética estão garantidas para este ano, o que afastou a necessidade de retomada da política. No entanto, o governo não descarta a possibilidade de reconsiderar a medida em 2025, dependendo do cenário climático e energético.
A discussão sobre o retorno do horário de verão ganhou força nas últimas semanas devido ao aumento do consumo de energia, especialmente em regiões afetadas pelo calor extremo. No entanto, com as chuvas recentes, a pressão por parte de setores que defendiam a medida diminuiu.
Silveira destacou que o horário de verão foi extinto em 2019 por apresentar economia energética relativamente baixa e que, neste momento, a situação do sistema elétrico não exige sua retomada. No entanto, ele ressaltou que a política poderá ser reavaliada no próximo ano, caso as condições voltem a pressionar o consumo de energia no país.
Setores como o turismo e o comércio apoiam o retorno do horário de verão, mas a medida enfrenta resistência de outros segmentos, como o aéreo e industrial, que apontam desafios operacionais e de custos. O governo continuará monitorando a situação e deverá retomar o debate sobre o tema antes do verão de 2025.