A cidade de Costa Rica, em Mato Grosso do Sul, voltou a ser coberta por fumaça nesta manhã, após dez dias marcados por uma série de queimadas nas áreas rurais próximas. As plantações de cana-de-açúcar, que ocupam mais de 55 mil hectares no município, são apontadas como uma das principais fontes dos focos de incêndio, agravando a poluição durante o período de seca.
Apesar de medidas adotadas pela indústria local para controlar as queimadas, como a mecanização da colheita de cana-de-açúcar, os incêndios persistem, causando prejuízos ambientais e afetando a saúde dos moradores. A empresa responsável pela usina de álcool da cidade afirmou que não utiliza a prática de queimadas e segue procedimentos técnicos para evitar o fogo.
A situação tem se refletido no aumento de problemas respiratórios entre a população. O único hospital da cidade relatou uma alta no número de atendimentos a pacientes com dificuldades respiratórias nas últimas semanas, em decorrência da fumaça que chega da zona rural.
O cenário em Costa Rica reflete uma crise ambiental que atinge diversas regiões do Brasil, especialmente nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e São Paulo. Em várias cidades do interior paulista, incêndios em plantações de cana-de-açúcar têm causado prejuízos e agravado a qualidade do ar.