Mato Grosso do Sul está prestes a inaugurar três importantes empreendimentos agroindustriais que somam investimentos de R$ 26,3 bilhões. As novas indústrias da Suzano, Neomille e Inpasa prometem não apenas impulsionar a economia local, mas também gerar milhares de empregos e desenvolver a infraestrutura do estado.
Os projetos em destaque incluem a maior fábrica de celulose do mundo da Suzano, a nova unidade de produção de bioenergia da Neomille em Maracaju e a segunda fábrica de etanol da Inpasa em Sidrolândia.
Suzano antecipa inauguração
A Suzano, que está construindo a maior fábrica de celulose do mundo em Ribas do Rio Pardo, antecipou o início de suas operações em seis meses. Com um investimento de R$ 23 bilhões, a fábrica, denominada Projeto Cerrado, começará a operar até junho de 2024, gerando cerca de 3 mil empregos fixos. A unidade terá uma capacidade de produção de 2,55 milhões de toneladas de celulose por ano, elevando a capacidade total da Suzano para 13,5 milhões de toneladas anuais.
Neomille inicia operações em Maracaju
A Neomille, subsidiária da Cerradinho Bioenergia, iniciou suas operações em Maracaju. A fábrica, que empregou mais de 2 mil pessoas durante a construção, vai gerar aproximadamente 200 empregos diretos e 600 indiretos. Com um investimento de R$ 1,08 bilhão, a unidade tem capacidade para processar 608 mil toneladas de milho e produzir 266 milhões de litros de etanol, além de outros subprodutos. A inauguração oficial está marcada para 18 de junho.
Inpasa avança com nova fábrica em Sidrolândia
A segunda fábrica da Inpasa, localizada em Sidrolândia, está com 48% das obras concluídas e deverá iniciar suas operações em agosto de 2024. Com um investimento de R$ 2,3 bilhões, a unidade vai produzir etanol anidro e hidratado, farelo, óleo bruto de milho e energia. A fábrica já gerou mais de 2,3 mil empregos e começará os testes preventivos em junho.
Impacto econômico e ambiental
Segundo especialistas, esses investimentos não só criam empregos diretos e indiretos, mas também trazem melhorias significativas para a infraestrutura e um impacto ambiental positivo. “Com a expansão dos investimentos, é provável que mais empregos sejam criados, beneficiando a economia local”, destaca o doutor em Administração, Leandro Tortosa. O mestre em Economia, Lucas Mikael, ressalta que esses projetos podem resultar em uma melhoria do padrão de vida da população.
Perspectivas para o futuro
O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, enfatiza a importância da diversificação econômica proporcionada por esses projetos. Com a produção de etanol de milho e DDG (farelo de milho), o estado está agregando valor a produtos que anteriormente eram exportados.
Levantamento do Correio do Estado indica que os investimentos do setor privado em Mato Grosso do Sul podem ultrapassar R$ 57,5 bilhões até 2027, sinalizando um futuro promissor para a economia estadual.