Cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) foram afastados de suas funções por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), após serem implicados em uma investigação sobre venda de sentenças. A operação “Ultima Ratio” foi deflagrada pela Polícia Federal e envolveu a execução de 44 mandados de busca e apreensão.
A operação é um desdobramento da “Mineração de Ouro”, que já havia investigado conselheiros do Tribunal de Contas do Estado. As suspeitas incluem crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Entre os afastados está Sideni Soncini Pimentel, eleito recentemente para presidir o TJMS em 2025.
Os desembargadores estão proibidos de frequentar dependências públicas e foram obrigados a usar tornozeleiras eletrônicas. A operação foi conduzida em diversas cidades, incluindo Campo Grande, São Paulo e Brasília.
A ação conta com o apoio da Receita Federal, e a investigação tenta desvendar a rede de influência e corrupção envolvendo magistrados. Há suspeitas de que o grupo atuava em conjunto com advogados e intermediários para facilitar sentenças em troca de pagamento.
O caso está sendo acompanhado de perto pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e novas fases da investigação podem ocorrer nas próximas semanas, à medida que mais provas sejam coletadas.