Nesta segunda-feira, 16 de setembro de 2024, começou a maior operação de combate ao desmatamento da Mata Atlântica já realizada no Brasil. A iniciativa envolve 17 estados e terá duração até o dia 27 de setembro. A ação é coordenada pelo Ministério Público de Minas Gerais em parceria com a Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (ABRAMPA). Mato Grosso do Sul é um dos estados incluídos na operação, que tem como objetivo fiscalizar e punir práticas de degradação ambiental.
No estado, o Ministério Público Estadual (MPMS) trabalha em conjunto com a Polícia Militar Ambiental (PMA) e o Instituto de Meio Ambiente (IMASUL) para realizar as inspeções. As equipes utilizam sensoriamento remoto e outras tecnologias avançadas para monitorar as áreas suspeitas de desmatamento ilegal. Os dados levantados pelo Núcleo de Geotecnologias (NUGEO), por meio do Programa DNA Ambiental, ajudam a validar as ocorrências de degradação.
Os infratores que forem flagrados durante a operação poderão ser multados e enfrentar processos judiciais, tanto nas esferas cível quanto criminal. As sanções administrativas também podem resultar em penalidades como multas e perda de benefícios ambientais relacionados às propriedades.
Os resultados da operação serão divulgados no dia 27 de setembro. Na última edição, em 2023, a operação identificou quase 18 mil hectares de supressão ilegal de vegetação nativa, o que resultou em mais de R$ 82 milhões em multas aplicadas. Mato Grosso do Sul figurou entre os estados mais críticos, com mais de 1.400 hectares de Mata Atlântica desmatados.