Em assembleia realizada na noite desta sexta-feira (27), os policiais civis de Mato Grosso do Sul decidiram manter o indicativo de greve e iniciar uma paralisação de três dias a partir de terça-feira (1º). A categoria reivindica uma série de melhorias, incluindo reajustes salariais e benefícios, além de maior valorização até 2026.
Alexandre Barbosa, presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol), declarou que a decisão foi unanime entre os membros da categoria. “Na segunda-feira, vamos divulgar as orientações detalhadas. Mas é certo que a paralisação ocorrerá”, afirmou Barbosa em uma publicação nas redes sociais.
As demandas da categoria incluem a elevação dos salários para que atinjam a sexta posição no ranking nacional, além de melhorias no auxílio-alimentação, atualmente em R$ 400, e a implementação de um auxílio-saúde equiparado ao dos delegados, hoje no valor de R$ 1.500. Outro ponto destacado pelos policiais é o pedido de remuneração por horas extras e a extensão do adicional de fronteira, benefício hoje restrito aos delegados.
Na tentativa de evitar a paralisação, o Governo do Estado apresentou duas propostas. A primeira prevê a incorporação do auxílio-alimentação ao salário, com possibilidade de atingir até R$ 1.200, além de um abono de R$ 130 para os servidores com menor remuneração. A segunda propõe mudanças na progressão de carreira, que aumentariam o piso salarial dos policiais para R$ 6,3 mil.
Apesar das propostas, a categoria considerou que elas não atendem plenamente às suas demandas, e por isso decidiu pela greve. A paralisação programada para a próxima semana poderá impactar diretamente os serviços de segurança pública no estado.