O prefeito de Costa Rica (MS), Cleverson Alves dos Santos, chamado de Delegado Cleverson (PP), declarou que seguirá sem aderir aos livros do Ministério da Educação (MEC) para as escolas locais. Ele justifica a decisão alegando a presença de supostos conteúdos ideológicos, que, em sua avaliação, cabem às famílias, não ao poder público.
Conforme o prefeito, não é possível determinar quais trechos do material do MEC tratariam de ideologia política, religiosa ou de gênero. Ainda assim, a administração decidiu manter a substituição por um sistema privado de ensino, adotada anteriormente como forma de evitar debates considerados inadequados pelo Executivo.
O Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) disponibiliza volumes didáticos sem custos para escolas públicas. Quando um município abre mão dessa oferta, a prefeitura é responsável pela aquisição e distribuição dos livros e outros itens, passando a custear integralmente o modelo escolhido.
Em Costa Rica, a administração municipal relata fornecer uniformes, mochilas e tablets, além dos novos materiais escolares, sem ônus para os alunos. O prefeito salienta que a estratégia pretende fortalecer práticas que valorize as convicções familiares e mantenha foco no conteúdo específico que o município julga apropriado.
A decisão do governo local gera debates acerca da validade de excluir materiais gratuitos do MEC, bem como sobre a definição do que se enquadra em ideologia. O prefeito afirma que a iniciativa permanecerá em vigor, respaldada pela visão de que questões desse tipo devem ficar a cargo das famílias.