Produtores brasileiros precisam olhar para o mercado mesmo em condições desfavoráveis, de acordo com opinião do analista Luiz Fernando Gutierrez Roque, da Consultoria Safras & Mercado. Com 50% da soja 22/23 ainda em mãos, os produtores brasileiros enfrentam um cenário de preços negativos, sem nenhum fator que possa trazer as cotações para cima ainda no radar.
Embora a Bolsa de Chicago (CBOT) tenha registrado valorização nesta sexta-feira, após sete sessões seguidas no vermelho, o analista afirma que o momento é negativo para Chicago devido ao plantio nos Estados Unidos estar indo bem, com o clima ajudando. A safra 2023/24 de soja dos Estados Unidos pode ser recorde.
Os produtores brasileiros sentem os reflexos do mercado externo no bolso e ainda têm muito volume a ser negociado. Em Não-Me-Toque (RS), a soja teve queda de 0,81%, ficando a R$ 123,00 por saca. Em Palma Sola (SC), a saca ficou cotada a R$ 128,50, com alta de 0,78%, e em São Gabriel do Oeste (MS), está estável em R$ 115,00. Já em Ponta Grossa (PR), a saca está a R$ 132,86, também estável. Os indicativos seguem próximos de R$ 139 por saca no disponível e para maio de 2023.
Por: Guilherme Dorigatti e Jhonatas Simião
Fonte: Notícias Agrícolas